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CIVEJA discute desafios da EJA no Maciço de Baturité

Profissionais da Educação que trabalham com EJA no Maciço de Baturité participaram na manhã do dia 21 de maio, de encontro com pesquisadores do Centro de Referência em Educação de Jovens e Adultos e Cooperação Sul-Sul (ECOSS/Unilab) e da Rede de Cooperação Sul-Sul. A atividade fez parte do calendário do Circuito Internacional de Vivências em Educação de Jovens e Adultos (CIVEJA).

A professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC), Eliane Dayse, abriu o diálogo com os educadores apontando alguns desafios mapeados por meio de questionários aplicados com profissionais de sala de aula e direção escolar em todo o estado. Dentre os problemas, estão a dificuldade de deslocamento dos alunos até a escola e a falta de espaço físico para estudo individual. De acordo com o levantamento, o material didático em muitos casos é inadequado ao EJA. “Os livros estão distante do contexto dos alunos”, disse Dayse.

Também foram apontadas direções para a melhoria da política de EJA no estado do Ceará, como a construção de uma política estadual de EJA, criação de uma política de transferência de renda condicionada à EJA e formação continuada para educadores. E ainda a necessidade de um programa educacional de formação para mercado de trabalho com vocação para as oportunidades locais e o planejamento de aula voltado à diversidade de gênero e faixa etária.

A experiência de Cabo Verde

No encontro, o diretor geral do Direção Geral de Educação e Formação de Adultos (DGEFA), de Cabo Verde, Florenço Varela apresentou a trajetória da EJA em Cabo Verde, país que como o educador afirma conquistou sua independência não com armas, mas numa batalha ideológica, onde a Educação teve papel fundamental. Florenço falou das estratégias de seu país para a Educação desde que deixou de ser uma colônia portuguesa, em 1975, que ofereceu oportunidades para que jovens e adultos voltasse a estudar. Para que essas oportunidades fossem possíveis, voluntários se dedicaram ao ideial até 1985, quando o governo passou a contratar educadores de jovens e adultos. Nas décadas seguintes, esses educadores passaram a ser profissionalizados e hoje até contam com pós-graduação a nível de especialização.

Educação atrás das grades

Uma das experiências apresentadas no encontro foi a da Educação em penitenciárias. Ângela de Aguiar, educadora na Unidade Prisional de Capistrano, trabalha com homens que cumprem pena em regime fechado. “Não é por eles estarem privados de liberdade que devem ficar privados da Educação”, diz Ângela, que como outras companheiras de profissão está sempre atenta a detalhes que garantem uma boa relação com os educandos e a coordenação das penitenciárias. “Nós não expomos o passado deles dentro das aulas, os respeitamos e os tratamos de forma igual”, diz Ângela.

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